O coordenador do Nuth, João Helvécio de Carvalho, e a coordenadora da Cdedica, Eufrásia Souza, acompanharam, na quinta-feira, 19, a desocupação de imóvel na Rua João Alvarez, na Gamboa, onde há dois anos viviam cerca de 40 famílias.  Ao chegarem ao local, por volta das 13h30, após denúncia de que a desocupação não estava amparada por ordem judicial, os defensores públicos constataram que o casarão já havia sido derrubado.  De imediato, houve contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social,  para garantir alojamento para os moradores.  Com a ajuda de um funcionário e uma estagiária da Defensoria, e com a colaboração de lideranças locais, foi feita a identificação de adultos e crianças, encaminhados no mesmo dia para abrigos, casas de parentes e hotéis. 

"Com a nossa presença, os ânimos se arrefeceram e a PM manteve distância",   explicou o coodenador do Nuth..

Também foi lavrado Registro  de Ocorrência na 4ª. DP, por exercício arbitrário do poder praticado por policiais militares, guardas municipais e pessoal da Prefeitura e da CDURP – Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, administradora do Porto Maravilha.

"Por mais de dois anos, essas famílias permaneceram no local, sem que a elas fosse entregue qualquer notificação ou aviso de desocupação, seja administrativo ou judicial", esclareceu João Helvécio.

O prédio pertence ao Município e foi entregue à CDURP.  Em 2012, houve uma desocupação e as famílias que ali viviam foram inseridas em programa habitacional. Abandonado, o  casarão foi reocupado.  

Uma equipe de professores e alunos da Universidade Federal Fluminense que realizava pesquisa na região também deu apoio à comunidade. 



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