No dia da Defensoria Pública e marcando o ano da Defesa Coletiva, a Anadep  e o Fórum de Justiça lançaram na noite de terça-feira (19), na Adperj, o II Relatório Nacional de Atuações Coletivas da Defensoria Pública, organizado pela defensora Adriana Britto, diretora de Capacitação do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) da DPGE. Protagonismo e atuação criativa são os maiores destaques nesse importante registro da história da Instituição.

O Relatório elegeu 50 iniciativas exitosas de 15 estados brasileiros. Segundo Adriana Britto, no universo das atuações coletivas, a maneira como elas serão resolvidas dependerão diretamente do empenho da Defensoria.

“Dentro do gabinete chegarão determinados tipos de demandas. Mas, se a Defensoria está acompanhando as políticas públicas, a mídia, internet, e atenta aos movimentos sociais, serão outros tipos de demandas que irão aparecer. Essa participação direta da Instituição se revelou fundamental para a defesa coletiva”, explicou.

Ao relatar casos exitosos da atuação coletiva da Defensoria, a Coordenadora do Nudecon, Patrícia Cardoso, reforçou que o defensor público deve estar atento ao que acontece ao seu redor e agir de forma rápida. “Ouvi no rádio que uma adutora da Cedae havia se rompido em São Gonçalo, acionei os colegas e fomos para lá. O mesmo aconteceu com o choque entre trens da Supervia em Mesquita. Fomos os primeiros a chegar ao local, atendemos todos os envolvidos e levamos o processo de forma extrajudicial até o fim”, contou.

Já o coordenador do Núcleo Especial de Atendimento à Pessoa Idosa (Neapi), Daniel Lozoya, que também atua no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPGE, contou sobre o caso da ação civil pública contra a revista vexatória em presídios do estado. Segundo ele, uma das ações da Defensoria foi massificar o nome “vexatória” na mídia e chamar a atenção da opinião pública.

“Enquanto o Estado chama de revista íntima, nós chamamos de vexatória e mostramos dados e provas empíricas de que drogas e objetos entram nas prisões por outras vias e não há motivos para submeter os familiares dos presos à tamanha humilhação” – relatou Lozoya.

Esses e outros relatos estão no II Relatório Nacional de Atuações Coletivas da Defensoria Pública, que estará disponível em forma de e-book no site da Anadep.

(*)Fonte: Adperj



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