A Defensoria Pública do Rio vai recorrer da decisão que aplicou medida socioeducativa de internação ao terceiro adolescente, acusado de envolvimento na morte do médico Jaime Gold. O médico andava de bicicleta na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na noite do dia 19 de maio, quando foi abordado por dois adolescentes e, em seguida, esfaqueado. Os dois fugiram levando a bicicleta.

A sentença da juíza Michelle de Gouvêa Pestana Sampaio, da Vara da Infância e da Juventude da Capital, absolve o segundo adolescente, assistido pelo defensor público Tadeu Antonio, e condena o primeiro, que tem advogado contratado, e o terceiro, assistido pelo defensor público Fabio Schwartz. Segundo o defensor, o próprio Ministério Público pediu a improcedência do pedido, em relação ao terceiro adolescente, alegando falta de provas.

- A testemunha ocular dos fatos não reconheceu o terceiro adolescente. Ela reconhece apenas o primeiro, categoricamente – defendeu Schwartz.

O prazo para recurso, na Defensoria, é de 20 dias e começa a correr a partir da vista do defensor, o que ainda não aconteceu. Já a medida socioeducativa é de três anos ou até quando o adolescente completar 21 anos. Mas pode ser revista a cada seis meses. Por enquanto, o primeiro e o terceiro adolescentes ficarão sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

Texto: Bruno Cunha



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