Relatório semestral reúne principais demandas da população e apresenta medidas para qualificar o atendimento da DPRJ

A Ouvidoria-Geral da DPRJ realizou, na manhã desta quinta-feira (3),  uma reunião para apresentar o relatório de suas atividades referente ao primeiro semestre de 2025. O encontro reuniu 35 participantes entre servidores e usuários, reafirmando o compromisso da Instituição com a transparência e a escuta ativa da população, especialmente das mulheres negras, que são o principal público atendido pela Defensoria, e aconteceu na Fundação Escola da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (FESUDEPERJ).

Segundo a ouvidora-geral Fabiana da Silva, o relatório é fruto de um pacto de transparência com a sociedade e com os servidores. 

— Esse encontro visa mostrar o que fizemos ao longo desses seis primeiros meses, pensando na resposta que a gente precisou materializar por conta do relatório de 2024, quando mapeamos os problemas — explicou.

Com base nas mais de 14 mil manifestações recebidas pela ouvidoria no último ano, o documento detalha avanços conquistados e os desafios que ainda precisam ser enfrentados. A partir desse diagnóstico, a Ouvidoria iniciou um diálogo direto com a administração para implementar melhorias no atendimento. Entre as ações destacadas por Fabiana estão a exigência do uso de crachá pelos servidores, a simplificação da linguagem jurídica e o reforço da escuta ativa da população.

As mudanças visam garantir que o atendimento prestado pela Defensoria seja mais acessível, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade, que enfrentam barreiras tecnológicas, sociais e comunicacionais.

 — A gente está falando de pessoas que não têm celular, não têm internet, que vêm aqui pedir para a gente imprimir a resposta da reclamação que ela fez na semana anterior — relatou Fabiana Silva.

Além do atendimento individual, o trabalho da Ouvidoria também se estende a casos coletivos, em articulação com os núcleos especializados da Defensoria. Demandas como violações de direitos em territórios indígenas, falta de saneamento, violência institucional e negligência médica são frequentemente recebidas e tratadas com apoio das coordenações de tutela coletiva e dos núcleos temáticos. 

Fabiana também ressaltou a importância do relatório como ferramenta de transformação institucional. 
 
— A ideia é fazer com que o que foi mapeado no ano anterior seja materializado em mudanças propositivas, para que a população veja melhorias reais — afirmou a ouvidora-geral, Fabiana Silva. 

Os relatórios da Ouvidoria são produzidos semestralmente, com um primeiro balanço em junho e um segundo em dezembro, com a consolidação das ações do ano. A iniciativa busca não apenas prestar contas à sociedade, mas também qualificar continuamente o serviço oferecido às pessoas que mais dependem da atuação da Defensoria Pública.

Veja como foi a trasmissão do evento aqui

Texto e Fotos: Mylena Novaes



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