A Defensoria Pública do Rio, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), participou, nesta terça-feira (28), da mesa de abertura de uma capacitação promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), na sede do VIVA RIO. O encontro teve como objetivo compartilhar experiências e promover a conscientização sobre o trabalho escravo entre profissionais do Viva Rio, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

A capacitação foi pensada para reforçar a luta contra essa prática no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado hoje (28). De acordo com balanço de 2020 da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2006 a 2020, 880 trabalhadores(as) migrantes foram resgatados(as) em condições de trabalho análogas à de escravo.

O Nudedh possui a atribuição de atuar em casos individuais de grave violação de direitos humanos. Dessa forma, presta assistência jurídica às pessoas resgatadas, especialmente para obtenção de documentação civil. A defensora pública Gislaine Kepe, que representou o Nudedh no evento, acrescentou que a Defensoria do Rio faz parte de uma rede de enfrentamento ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas e atua também no combate a violações de direitos humanos peculiares a esse cenário.

– O trabalho escravo contemporâneo vitimiza também imigrantes e mulheres idosas. O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo nos lembra da necessidade urgente de enfrentarmos estas práticas cruéis e desumanas – disse a defensora.

 

Texto: Jaqueline Banai



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