Caso Moise Kabagambe: DPRJ participará de ato em memória ao congolês

Na próxima sexta-feira (24), a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), estará presente no evento "Pela Erradicação da Xenofobia, Racismo e Trabalho Escravo no Estado do Rio de Janeiro – Homenagem à Moïse", em memória aos três anos da morte do congolês Moïse Kabagambe. Organizado pela Coordenadoria de Migração e Refúgio da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, o ato será realizado às 9h, no Consulado da Argentina, localizado na Praia de Botafogo, 228 - S/L 201 - Botafogo, Rio de Janeiro.
O evento contará com uma mesa de abertura composta por representantes de diversas organizações e familiares de Moïse, a exibição de um mini-documentário sobre a trajetória de vida do homenageado e uma exposição fotográfica. A DPRJ estará presente representada pela defensora Gislaine Kepe, titular do Nudedh, e pela defensora Luciana Mota, coordenadora do Núcleo de Combate ao Racismo e à Discriminação Étnico-Racial (NUCORA).
A Defensoria Pública atua prestando auxílio contínuo à família no processo de indenização e como assistente de acusação no processo criminal, cujo júri está marcado para o próximo dia 13 de março.
– Neste dia 24, completam-se três anos do assassinato de Moïse e estamos coordenando diversas ações, como a disponibilização gratuita de um columbário para os restos mortais, a inauguração de um memorial e, também, estamos acompanhando o pedido de naturalização da mãe de Moïse, Dona Ivone, para garantir os direitos dela no Brasil – destaca a defensora Gislaine Kepe.
Outra atuação importante da Defensoria é uma articulação junto à Prefeitura do Rio de Janeiro para realizar obras de manutenção no entorno de um quiosque doado à família, no Parque de Madureira. A administração do espaço foi cedida como forma de indenização.
3 anos da morte de Moïse Kabagambe
A morte do jovem congolês Moïse Kabagambe, em 24 de janeiro de 2022, trouxe à tona discussões urgentes sobre racismo, xenofobia e as condições de trabalho de migrantes no Brasil. Moïse, que chegou ao país com sua família para escapar dos conflitos na República Democrática do Congo, foi espancado até a morte após cobrar o pagamento por serviços prestados em um quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
As imagens de segurança, que mostram o jovem sendo imobilizado e agredido por três homens, geraram indignação nacional e internacional. Movimentos sociais, entidades de direitos humanos e comunidades negras se mobilizaram, realizando protestos e cobrando justiça por Moïse.
Texto: João Victor Cucco
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