Em comemoração ao terceiro ano consecutivo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) na campanha 'Julho sem plástico', uma edição especial do 'Cine Preserve' foi realizada na sede adminstrativa, nesta terça-feira (23). Desta vez, o documentário escolhido foi 'Nós, ratos de laboratório', da BBC, que explora as pesquisas relacionadas ao impacto do plástico na saúde humana. 

Após o filme, um debate foi realizado com Raquel Neves, doutora em Ecologia, professora da graduação e pós-graduação da UniRio;  Mônica Regina Calderari, professora titular do Instituto de Química da Uerj, pesquisadora de produtividade do CNPq e cientista da Faperj; e Lívia Maria Silva, engenheira ambiental lotada na pró-reitoria de Saúde da Uerj e responsável técnica pela área ambiental do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). 

Pelo terceiro ano consecutivo, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) participa da campanha. Iniciada pela ONG australiana Earth Carers Waste Educationem em 2011, essa iniciativa visa incentivar a redução do consumo de plástico descartável.

O mês de julho é reconhecido mundialmente por ser dedicado à necessidade de redução no consumo de descartáveis plásticos e serve de referência para dar visibilidade aos impactos causados pelo plástico no meio ambiente e saúde humana, além de estimular a mudança de hábitos.

A Defensoria Pública do Rio restringiu a utilização de copos plásticos apenas para os atendimentos a usuários. Integrantes das equipes que atuam na DPRJ são estimulados a utilizar um copo pessoal para o consumo de água e café, durante o expediente. Passo dado para impulsionar o programa institucional de sustentabilidade Preserve, a fim de causar menos impacto negativo no planeta e estimular um consumo mais consciente.

Em 32 meses de programa, estima-se que mais de 1.920.780 copinhos descartáveis deixaram de ser usados, o que representaria uma não geração de 345,78 quilos de plástico e uma economia de mais de R$89.124,19.

Essa redução no consumo de plástico descartável é especialmente importante, pois estudos recentes têm demonstrado a presença de micro e nano plásticos em diversos órgãos e fluidos do corpo humano, como pulmões, leite materno, placenta, corrente sanguínea, sêmen e até mesmo no coração. Essa contaminação por partículas plásticas pode ter impactos significativos na saúde humana.

- Estima-se que levamos em média seis segundos para usar um copinho descartável de uso único. Imagina de quantos copinhos um trabalhador faz uso para se hidratar ou tomar café em um ano... Quando paramos para observar o impacto em escala, a longo prazo, de uma simples mudança de consumo,  como ter uma caneca pessoal, notamos o impacto positivo e reafirmamos o compromisso em ter hábitos saudáveis - afirma Camilla  Valls, coordenadora de Sustentabilidade Ambiental na DPRJ.

Confira as fotos do Cine Preserve aqui

Texto: Pedro Augusto P. da Silva



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