A Defensoria Pública do Rio, em parceria com a “Rede Não Bata, Eduque” e com o apoio do MetrôRio, promove, nesta quarta-feira, 26, das 9h às 15h, na Estação Carioca, uma ação social em comemoração pelos dez anos da Lei Menino Bernardo, que proíbe o uso de castigo físico ou tratamento cruel na educação de crianças e adolescentes.  A atividade acontece no mezanino do acesso B (Avenida Chile).

As equipes da Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e da Coordenação de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica) da Defensoria e a “Rede Não Bata, Eduque” vão prestar orientação sobre a legislação e distribuir material sobre educação positiva e não violenta.

— A Lei Menino Bernardo reforça a proibição de que  crianças sejam alvo de violência. Mas, ainda assim, os castigos físicos acontecem, e são naturalizados. É preciso uma grande mudança cultural e, para isso, pensamos nessa mobilização com ações de educação em direitos —  destaca o coordenador de Infância e Juventude da Defensoria, Rodrigo Azambuja.

A ação social acontece na data exata do 10º aniversário da sanção da Lei 13.010, que leva o nome de Bernardo Boldrini, vítima de agressões e negligência familiar e morto pela madrasta e pelo pai, no interior do Rio Grande do Sul, em abril de 2014.  

—  Queremos enfatizar as boas práticas e estratégias de educação positiva, que possibilitem mudanças de comportamento e cultura — explica Ana Paula Rodrigues, articuladora da “Rede Não Bata, Eduque”.

No sábado, 29, também das 9h às 15h, a Defensoria faz outra ação social pelos dez anos da Lei Menino Bernardo. Será no NEAC - Núcleo Especial de Atenção à Criança - na Rua Cantor Emílio Santiago, 118, em Campo Grande.  Na ocasião, haverá orientação jurídica em demandas de direitos das famílias; e a Coordenação de Defesa dos Direitos da Mulher (CoMulher) fará palestra sobre violência doméstica.  A iniciativa também terá parceria da “Rede Não Bata, Eduque” e participação de órgãos públicos, como DetranRJ e Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio, além de oficinas e recreação para as crianças.

Dados divulgados na semana passada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que o número de casos de maus-tratos contra crianças de até 11 anos no município do Rio cresceu 173%, nos últimos três anos. Foram 118 registros em 2020 e 323 no ano passado. Em quase metade das ocorrências (47% delas) os agressores eram pais, mães, padrastos ou madrastas. Em todo o Estado do Rio, os registros cresceram de 426, em 2020, para 741, em 2023 - um aumento de 73%. Também nesses casos, pais, mães, padrastos e madrastas foram identificados com autores da agressão.


Serviço  
Ação social em comemoração pelos dez anos da Lei Menino Bernardo, que proíbe o uso de castigo físico ou tratamento cruel na educação de crianças e adolescentes 
  
Local: Estação Carioca/Centro do MetrôRio, no mezanino do acesso B (Avenida Chile) 
Data: 26/06 
Horário: das 9h às 15h



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