A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) esteve, nesta segunda-feira (24), no Colégio Estadual Walter Orlandini, em São Gonçalo, para mais uma edição do projeto ‘DPRJ cumprindo seu papel na educação’. O evento, feito em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), promove encontros regionais para incentivar o diálogo, ampliar discussões sobre direitos humanos e prevenir conflitos no ambiente escolar. 

A palestra, direcionada para gestores escolares e professores, contou com a participação das defensoras públicas Flávia Nascimento, coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher (Comulher); Anne Caroline Nascimento, coordenadora do Núcleo de Combate ao Racismo e à Discriminação Étnico-Racial (Nucora); Isabela Menezes, coordenadora de Programas Institucionais (COGPI); e Lara Câmara Graça, titular na Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica). 

No evento, foram discutidos temas como a discriminação racial nas escolas, o papel da educação no enfrentamento à violência de gênero contra mulheres e meninas, e o ciberbullying entre crianças e adolescentes.

— Este projeto é importante para estreitar o contato da Defensoria com a educação. A gente tem que atuar de uma forma integrada, principalmente no que diz respeito à violência contra a mulher. As escolas são uma porta de entrada para a rede de proteção à mulher, e a gente tem que manter esse contato, para que os profissionais da escola saibam como agir em casos de violência doméstica, e tenham um contato com a Defensoria, para eventualmente encaminhar determinados casos — reforça Flávia. 

De acordo com Anne Caroline Nascimento, do Nucora, a palestra é fundamental para manter os professores atentos às relações entre os alunos, garantindo medidas antirracistas nas escolas. 

— É uma iniciativa louvável, urgente e necessária para a promoção da educação em direitos humanos e para o combate ao racismo no ambiente escolar. O diálogo com gestores propicia o debate acerca de relevantes ações antirracistas, como o necessário cumprimento das leis que preveem a obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira e indígena, Lei 10.639, que já tem 21 anos, e a Lei 11.645, que tem 16 anos — afirma Anne Caroline Nascimento.

Também estiveram presentes Ana Paula Quadros, diretora regional pedagógica da Região Metropolitana II — que engloba os municípios de São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá — e Bruna Gomes, responsável pela Coordenadoria de Gestão Intersetorial, da Secretaria de Estado de Educação. O projeto conta com o apoio do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) e da Fundação Escola Superior da Defensoria do Rio (Fesudeperj).

Confira, aqui, as fotos desta edição.

 

Texto: Ana Clara Prevedello



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