A tradicional missa em comemoração ao Dia Nacional da Defensoria Pública (19 de maio) reuniu defensoras e defensores na manhã desta segunda-feira (27), no Santuário do Cristo Redentor.  A celebração de fé foi também um momento de reflexão voltado à superação de uma questão de extrema vulnerabilidade social: a das pessoas em situação de rua. O Rio de Janeiro é o segundo estado com a maior população enfrentando este problema no país.

Dom Luiz Antônio Lopes, bispo da Diocese de Nova Friburgo que celebrou a missa, foi enfático: 
— Ao se voltar para a defesa da população de rua, a Defensoria Pública evita mortes mistanásicas (causadas por abandono social), que são aquelas que poderiam ser evitadas.


A missa em ação de graças foi celebrada por Dom Luiz Antônio, pelo padre João Damasceno, do Santuário do Cristo Redentor e pelo diácono Marcelo Leão, que é subdefensor público-geral do Rio de Janeiro.
— Estamos celebrando a nossa missão. São 70 anos de trabalho árduo, estendendo a mão àqueles que a sociedade insiste em não olhar. O sentimento é de gratidão ao padre Omar e a todos do Santuário do Cristo Redentor em nos receber por mais um ano, renovando nossas forças — conta Leão.

“Um novo presente é possível: Defensoria Pública pela superação da situação de rua” é o tema da Campanha Nacional dos Defensores Públicos em 2024. Segundo Dom Luiz Antônio Lopes, a iniciativa está em profunda sintonia com a doutrina social da igreja, pois “ambas têm como fundamento a justiça, a dignidade humana, a defesa da vida e a solidariedade”.

Juliana Lintz, presidenta da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Adperj), falou sobre o legado de 70 anos da Defensoria Pública. 
_O sentimento é de gratidão em poder fazer parte dessa instituição tão bonita, com todo o crescimento que a Defensoria Pública me proporciona - disse Juliana, que, ao concluir a fala, agradeceu aos defensores que ajudaram a construir a DPRJ e saudou os colegas contemporâneos.


Durante a missa, Patrícia Cardoso, defensora pública-geral do Rio de Janeiro, ressaltou a condição da população gaúcha após as inundações no estado.

— É muito bom celebrar o Dia Nacional da Defensoria e os 70 anos da DPRJ aos pés do Cristo Redentor, em oração. Todos juntos e unidos em um mesmo propósito, que se estende ao povo gaúcho e aos nossos colegas da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Repito: somos uma só Defensoria! — lembrou a defensora pública-geral, numa alusão ao seu discurso durante a abertura do VIII Encontro de Atuação Estratégica da DPRJ, na última sexta-feira.

Durante a missa, a Defensoria Pública do Rio foi presenteada com a escultura ‘Jesus nas ruas’, que retrata Jesus Cristo enquanto pessoa em situação de rua. Confeccionada em 2023, a obra foi entregue em agradecimento pela atuação da DPRJ na defesa de pessoas em vulnerabilidade.

Texto: Nathália Braga



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