Foto: Patrícia Cardoso, Fabiana Silva e Katia Varela.
Pela primeira vez na história, uma mulher negra e periférica vai ocupar o cargo de ouvidora-geral da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ). A pedagoga Fabiana Silva, de 42 anos, tomou posse nesta manhã (4) e ficará à frente da Ouvidoria Externa até 2025.
Durante a cerimônia, realizada na sede da Instituição, Fabiana pontuou que pretende dar continuidade às iniciativas da atual gestão, destacando os projetos Acesso à Justiça nos Territórios e Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (RAAVE). Militante dos direitos humanos há 20 anos, Fabiana Silva foi eleita pelo Conselho Superior após processo eleitoral que contou com a participação de organizações da sociedade civil.
— Pretendo fortalecer a presença da instituição nos territórios da região metropolitana e no interior do estado, além de defender as demandas apresentadas pela população e buscar construir um espaço junto aos movimentos e organizações sociais. Obrigada por todo mundo que acreditou na minha candidatura, vamos fortalecer e construir um projeto do jeito que sonhamos e acreditamos ser possível. Tenho a sorte de ser hoje a materialização de um sonho sonhado por muitos! — disse a nova ouvidora.
Em seu discurso, a defensora pública-geral, Patrícia Cardoso, primeira mulher a chefiar a Defensoria, ressaltou que a escolha de uma ouvidoria mulher é muito simbólica e significativa para a Defensoria.
— Você pode contar com a administração superior para o sucesso do seu mandato. A história da ouvidoria se confunde com a Defensoria nos últimos anos, pois ela nos deu instrumentos mais completos para nos relacionarmos com a sociedade civil. Eu fiquei muito feliz de ouvir as suas pretensões, eu posso te dizer que elas foram muito acertadas! Nós temos algo em comum que nada nos tirará de nós, eu sou a primeira DPGE e você a primeira Ouvidora. Muito obrigada por dividir isso comigo — agradeceu Cardoso.
Em meio a muita emoção, Fabiana assinou o seu termo de posse e disse que seu maior desafio é construir o acesso à justiça ao lado dos mais injustiçados. Além da nova ouvidora e de membros(as) da Defensoria, também compareceram à cerimônia representantes de movimentos sociais e nomes da luta pelos direitos humanos.
Texto: Jéssica Leal.
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