A Defensoria Pública do Estado do Rio chega neste 17 de maio, Dia Internacional da Reciclagem, com uma marca histórica: ao todo, seis toneladas de material descartado na instituição, entre papéis, plásticos e papelão, foram encaminhados à cooperativas desde março de 2022.  

Os dados são acompanhados pela Coordenadoria de Sustentabilidade da DPRJ (Cosusten) que disponibiliza também, na sede administrativa da instituição, um ponto de coleta para encaminhamento ambientalmente adequado de pilhas, baterias, tampinhas plásticas, cápsulas de café, esponjas de cozinha usadas e instrumentos de escrita após consumo. Desde junho de 2021, cerca de 37kg de tampinhas plásticas e 7kg de cápsulas de café já foram recolhidas.

Segundo Camila Valls, coordenadora de Sustentabilidade da Defensoria, estudos realizados pela Cosusten mostram que os recicláveis encaminhados pela DPRJ são cerca de 15% do lixo gerado. 

– Ainda notamos recicláveis sendo descartados como não recicláveis e a presença de muitos contaminantes junto aos recicláveis, o que atrapalha toda a operação, reduzindo o percentual de reciclagem efetiva no local – explica a coordenadora.

Entre as ações que estão sendo articuladas para ampliar estes resultados, estão a segregação da borra de café para compostagem, estudos que verificam a viabilidade de expandir a coleta seletiva para outras unidades e a realização do primeiro chamamento público da DPRJ para descarte documental a fim de garantir a reciclagem do material conforme tabela de temporalidade.

Além disso, como forma de melhorar a gestão dos resíduos gerados, em janeiro deste ano a DPRJ firmou parceria com a Universidade do Estado do Rio (Uerj) para elaboração do seu primeiro plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que deverá ser concluído nos próximos meses. 

Também está previsto para começar em junho o programa de logística reversa de papéis utilizados em cópias e rascunhos, em todas as sedes da DPRJ no estado. O projeto tem ainda a preocupação de garantir a reciclagem com a devida proteção de dados de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O encaminhamento do material será feito através da sede na capital do estado para viabilizar a análide dos volumes gerados por região em busca de verificar a viabilidade da descentralização das demandas regionais mais expressivas.

– Mais importante que reciclar é reduzir o volume dos resíduos gerados. Sendo assim, é importante que a sociedade reflita sobre a forma de consumir e mude seus hábitos, evitando geração de resíduos sempre que possível, sendo esta a forma mais eficaz de contribuir com o meio ambiente – conclui Valls.

O encaminhamento do material para as cooperativas de catadores pela Defensoria do Rio começou a ser feito através do Chamamento realizado pelo Ministério Público nos termos do Decreto Estadual 40.645/2007, que minimiza o impacto ambiental negativo e contribui para o fortalecimento da categoria dos catadores, ampliando o valor arrecadado nas coletas de recicláveis com a soma dos materiais gerados por ambas as instituições.



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