Defensoria Pública assume o caso de dois dos seis jovens torturados em Santa Teresa

A Defensoria Pública do Rio assumiu, nesta quarta-feira (6), o caso de dois dos seis jovens torturados supostamente por oito PMs lotados na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa, Fallet e Fogueteiro. Através do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), a instituição prestará assistência jurídica integral e gratuita a eles, sendo um maior e outro menor de idade, com 17 anos. Os demais são aguardados na semana que vem.

A partir de agora, o Nudedh acompanhará o desenrolar do inquérito instaurado contra os PMs e, ao mesmo tempo, iniciará as negociações com o Estado para garantir a reparação imediata dos danos morais e estéticos sofridos pelos jovens, que voltaram a acusar os PMs de tortura.

- Vamos já iniciar as tratativas com a Procuradoria Geral do Estado objetivando a reparação cível. De forma extrajudicial, buscaremos garantir uma indenização vultosa e rápida em razão dos evidentes danos sofridos e sem a necessidade de uma morosa ação judicial. No entanto, se a manifestação do Estado não for satisfatória e não contemplar integralmente os anseios das vítimas, utilizaremos a via judicial - destacou Fabio Amado.

Reunido com os jovens, ele ouviu das vítimas que os PMs deram chutes, socos e pontapés em todos, ferindo alguns com uma faca quente até mesmo no órgão genital. Segundo os adolescentes, dois deles ainda foram obrigados a praticar sexo oral, um no outro, enquanto a cena era filmada pelos PMs.



VOLTAR