Mais de 900 pessoas participaram no último sábado (04) do primeiro encontro do programa “Acesso à Justiça nos Territórios”. Organizado pela Defensoria Pública do Rio, através da Ouvidoria externa e da Coordenação de Programas Institucionais (COGIP), o evento reuniu lideranças comunitárias que lutam pelos direitos de pessoas vítimas de violação do Estado do Rio de Janeiro, além de defensoras(es) e servidoras(es) da DPRJ. 

Repleto de homenagens e de discursos emocionados sobre a importância do projeto para quem vive nas favelas e comunidades do Rio de Janeiro, o encontro também promoveu a entrega de certificados de conclusão da formação para mais 225 participantes. Outro ponto marcante foi a homenagem aos coletivos pioneiros do Defensoria em Ação nas Favelas, o programa que tem levado o atendimento da Defensoria para dentro de territórios onde há falta de políticas públicas.

— A minha sensação é de dever cumprido. Poder ajudar as pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade social sempre foi minha prioridade. Eu estou adorando essa troca de experiências e espero que esse encontro aconteça mais vezes. A partir desse evento, eu pude conhecer vários núcleos da Defensoria e vários coletivos - contou, Eliane de Oliveira Campos, de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, uma das 540 pessoas que concluíram a capacitação do projeto Acesso à Justiça nos Territórios em todo o estado. 

Marcado por falas emblemáticas, o encontro foi aberto com a fala de lideranças de movimentos sociais, como  Lurdinha, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Gabriel Siqueira, diretor da Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj) e de Débora Silva, coordenadora do projeto social “Sim! Eu Sou do Meio”. Também estiveram presentes familiares de vítimas do Estado e organizações que lutam por direitos como saneamento básico, saúde pública, educação, segurança alimentar, urbanização, além de coletivos formados por pessoas com deficiência, povos de terreiro, quilombolas e associações de moradores.

Para o ouvidor-geral, Guilherme Pimentel, o evento se tornou um momento de encontro presencial de uma rede de práticas de acesso à justiça que começou a se formar com o projeto em 2022. 

- Essa é a grande aposta da Defensoria para o desenvolvimento de um trabalho que tenha a capacidade de chegar em todos os territórios, o que só é possível se a Defensoria tiver uma conexão forte como essa rede que está sendo construída com a sociedade civil, define Pimentel.

Já a defensora-geral, Patrícia Cardoso, destacou a importância da parceria entre DPRJ e sociedade civil para atender as demandas que vêm dos coletivos e lideranças comunitárias.

— O programa Acesso à Justiça nos Territórios é extremamente necessário. Através dele e dessa rede, daremos continuidade aos projetos com a parceria da Ouvidoria externa através do nosso ouvidor-geral, Guilherme Pimentel. É muito emblemático poder fazer parte dessa cerimônia no início da minha gestão, concluiu a defensora pública-geral Patrícia Cardoso.


Veja as fotos do evento aqui.

Texto: Aurélio Corrêa Branco 



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