Defensoria testa projeto de atendimento à população de rua

Cerca de trinta pessoas em situação de rua foram atendidas em um projeto piloto do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria do Rio (Nudedh), na manhã desta terça-feira (31). O projeto prevê a realização da busca ativa de quem vive em condições de extrema vulnerabilidade social levando serviços que atendam as demandas dessa população. A ação desta terça ocorreu na Av. Presidente Antônio Carlos, no centro do Rio, em parceria com o Clube de Regatas Flamengo, e com os projetos Jucá, Rua Solidária e Café da Manhã do Hely.
Entre os serviços prestados pela Defensoria estavam o encaminhamento para a emissão de documentos, como certidão de nascimento, casamento e óbito, carteira de identidade, além de orientação jurídica e o direcionamento para conseguir benefícios governamentais. Além desses serviços, as instituições parceiras na ação distribuíram café da manhã, garrafas de água mineral e kits de higiene pessoal.
– Hoje nós estamos aqui para atender as pessoas em situação de rua tanto na documentação, quanto no acesso a outros serviços como saúde mental e também para atender as pessoas em situação de rua que são imigrantes e refugiados – afirma a defensora pública do Nudedh, Gislaine Kepe.
Após a ação social, o projeto passa agora para a fase de estruturação. A proposta é realizar o atendimento em uma van, estabelecendo locais fixos e estratégicos com alta concentração de pessoas em situação de rua.
– A população em situação de rua muita das vezes deixa de acessar as instituições por questões como deslocamento, violência sofrida nas ruas e o receio de ir até as sedes dos órgãos públicos para buscar seus direitos. Nós, aqui no Rio de Janeiro, identificamos essa necessidade de ir ao local onde eles se encontram e prestar esse serviço de forma imediata – conclui Cristiane Xavier, defensora pública do Nudedh e uma das idealizadoras do projeto.
Foto e texto: Aurélio Corrêa Branco
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