A Defensoria Pública do Rio (DPRJ) abriu as inscrições para grupos clínicos de saúde mental que queiram participar da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (RAAVE). Voltada para o cuidado psicológico de quem teve seus direitos violados ou que vive em situação de vulnerabilidade social, a RAAVE tem como objetivo ampliar o acesso aos cuidados, promovendo, de forma gratuita, atendimento terapêutico continuado para quem desejar.
 
As inscrições ficam abertas até dia 28 de fevereiro e destinam-se aos grupos de profissionais interessados em atuar na Rede, de maneira voluntária, para oferecer serviços de atendimento psicológico, psicanalítico e de atenção psicossocial em articulação com outras políticas públicas, em benefício de pessoas afetadas pela violência de Estado e outras situações de violação de direitos ou vulnerabilidade.
 
O ouvidor-geral, Guilherme Pimentel, esclarece que o acompanhamento psicológico não tem relação com a continuidade do acompanhamento jurídico por parte da Defensoria Pública e, também, assim como não haverá atuação dessas(es) profissionais em processos judiciais.
 
– A RAAVE é fruto de uma parceria necessária entre a sociedade civil, a universidade pública e a Defensoria. Através dessa parceria, conseguimos qualificar o atendimento da Defensoria trazendo a ideia de "cuidado" para o centro do nosso atendimento, unindo os saberes jurídico e saúde mental, disse o ouvidor.

Acesse o edital e o link de inscrição aqui.

Conheça a Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (RAAVE)

A RAAVE foi lançada em 14 de setembro de 2022, em um evento na sede da DPRJ que contou com a participação de representantes da Instituição, de movimentos sociais, da sociedade civil, além de familiares das vítimas de violência no Estado, que compartilharam suas vivências e fizeram importantes relatos acerca do tema.
 
O projeto vem potencializar o acolhimento da Defensoria Pública e destaca-se em seus princípios a defesa intransigente e valorização do serviço público; a promoção e proteção dos Direitos Humanos; a defesa inegociável do regime democrático; o respeito à liberdade religiosa e ao Estado Laico; e o compromisso com o combate ao racismo, ao machismo e à LGBTQIA+fobia.
 
Em seu lançamento, a rede contou com os seguintes componentes: Formação Livre em Esquizoanálise; Instituto de Estudos da Complexidade – IEC; Núcleo de Atenção Psicossocial a Afetados pela Violência de Estado – NAPAVE; Núcleo de Psicanálise e Política - NUPP, UFF; Observatório Nacional de Saúde Mental, Justiça e Direitos Humanos, UFF; Ocupação Psicanalítica, UFRJ; Projeto Dispositivos de cuidado e saúde mental em direitos humanos do Núcleo Universidade, Resistência e Direitos Humanos / URDIR, UERJ; Projeto de Extensão Grupalidade e Potencialização Subjetiva na pandemia e no pós-pandemia, UFF.



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