A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) realizou, nesta quarta-feira (14), a formatura da nova turma do “Diálogo Cidadão”, curso que capacita profissionais das forças de segurança do Estado em Direitos Humanos.  Esta foi a quarta edição do projeto iniciado em 2020 e contou com cinco encontros entre os meses de outubro e dezembro. 

A edição de 2022 do "Diálogo Cidadão" foi voltada para policiais militares que atuam na patrulhas Maria da Penha e Escolar, além de agentes do programa Bairro Presente. A formação também teve como público-alvo policiais penais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e da Secretaria de Assistência à Vítima (SEAVIT). No total, cerca de 84 profissionais se formaram no curso. 

Para o policial militar Bruno de Souza, de 37 anos, o curso foi importante para quebrar a barreira entre o policial e o cidadão. Nascido na comunidade Cidade de Deus, Bruno acredita que  a experiência foi enriquecedora para que os policiais pudessem entender mais sobre a vivência de quem mora em áreas mais vulneráveis. 

- Muitas pessoas não conhecem a nossa realidade, assim como muitos policiais não conhecem a verdadeira realidade dos moradores das favelas. É difícil compreender algumas coisas quando você não conhece o outro. Esse curso foi muito importante para gerar questionamentos internos nos meus colegas sobre empatia e se colocar no lugar dessa população - disse o PM.

A coordenadora de Programas Institucionais da DPRJ, Carolina Anastácio, agradeceu a parceria com o Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) e reforçou que a Defensoria está à disposição para casos em que o órgão possa ajudar as(os) agentes que também passam por problemas judiciais, de família, entre outros.

A coordenadora observou, ainda, que o projeto “Diálogo Cidadão” ajuda a ampliar a visão da Defensoria Pública do Rio de Janeiro de que, com o conhecimento dos direitos, cidadãs e cidadãos passam a se sentir efetivamente parte da comunidade. 

- Essa mesma visão vale para quem atua nas forças de segurança, que deve conhecer não só o direito dos outros, como também os próprios. Cada aluno funciona como multiplicador, difundindo esse aprendizado, finaliza Anastácio.

 

Veja as fotos da formatura aqui.
Texto: Jéssica Leal



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