Os trabalhos da Força Nacional da Defensoria Pública em Execução Penal nos presídios de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais - coordenados pelo 1º subdefensor público geral do Estado do Rio de Janeiro - Líbero Atheniense Teixeira Junior, se encerram em três dias.
A Força Nacional iniciou nesta quarta-feira, 28, os contatos diretos com os detentos. Nesta etapa, os defensores públicos que atuam na Força Nacional estão explicando a situação de cada detento, verificada na análise dos processos, desde o começo da atuação em Minas Gerais, na segunda-feira, 19, deste mês.
Um grupo de vinte defensores públicos atuou durante todo o dia no presídio Inspetor José Martinho Drumond. Outro grupo de defensores públicos continuou o exame de um total de mais de cinco mil processos penais da comarca, na sede da Defensoria local.
O coordenador-geral da Força Nacional, Líbero Atheniense, explicou para a imprensa que “agora é o trabalho primordial, que é levar o resultado da ação ao interno do estabelecimento prisional”. Segundo Líbero, este momento “distensiona todo o sistema prisional, ao informar para o preso que o acompanhamento processual dele está sendo feito, de forma transparente, com a indicação dos benefícios a que tem direito e previsão de todos os prazos”.

Soltura imediata e benefícios vencidos
 
O defensor público-geral de Minas Gerais Belmar Azze Ramos divulgou os números parciais do trabalho, num levantamento feito até segunda-feira, dia 26: a Força Nacional constatou 94 casos de prescrição e 107 casos de extinção de pena, totalizando 201 casos de soltura imediata, o que corresponde a cerca de 20 por cento dos processos analisados até aquela  data. Outra constatação da Força Nacional: 44 por cento dos processos analisados até a última segunda-feira têm algum benefício vencido.
O Conselho Penitenciário de Minas Gerais se reuniu em sessão extraordinária nesta quarta-feira em Neves, para emitir parecer sobre os pedidos de indulto e comutação, elaborados pela Força Nacional.


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