A Ouvidoria da DPRJ será uma das homenageadas no Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, uma honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A solenidade de entrega do Prêmio será realizada na próxima terça-feira (06), às 9h, no plenário da Alerj. 

Criado em 2021, o Prêmio Marielle Franco é entregue a pessoas e organizações que atuam em defesa dos Direitos Humanos através do desenvolvimento de ações de promoção, valorização e defesa dos DH no estado do Rio de Janeiro, com destaque para os direitos da população negra, mulheres e pessoas LGBTQIA+.

A Ouvidoria será homenageada pelo seu trabalho como instrumento na luta por justiça e também pela busca na melhoria dos serviços prestados pela Defensoria Pública para a população a partir do diálogo com a sociedade e a escuta sensível.

- Este prêmio é uma conquista de todas as pessoas que colaboram para a construção de uma Ouvidoria Externa forte na Defensoria Pública: movimentos sociais, organizações da sociedade civil, estagiárias, servidoras, terceirizadas, além de defensoras e defensores públicos aliados ao povo organizado na luta por direitos. A todas essas pessoas, nossa mais profunda admiração e respeito, diz Guilherme Pimentel, ouvidor da DPRJ.

Na cerimônia também será entregue a Medalha Tiradentes para Muniz Sodré, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ocupa uma das cadeiras da Academia de Letras da Bahia. Sodré tem vasta contribuição teórica sobre o povo negro na sociedade brasileira. 

 

Memória

Marielle Franco foi assassinada na noite do dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, na região central da capital. O carro em que a vereadora estava foi atingido por nove dos 13 tiros disparados. Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, morreram na hora. A morte de Marielle Franco repercutiu no mundo, com manifestações da população por vários dias nas ruas e muitas notícias divulgadas sobre o assassinato da vereadora no exercício de seu mandato.

Eleita com mais de 46 mil votos em 2016, socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco tinha 38 anos. Criada na favela da Maré, na Zona Norte, era ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGTQIA+. 

Antes do cargo político, Marielle atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj onde, ao lado do atual ouvidor-geral da DPRJ, Guilherme Pimentel, trabalhou promovendo atendimento ao público em casos de grandes violações de direitos humanos e fiscalizando as políticas de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, junto à sociedade civil.



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