A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) vai representar, na Justiça e nas esferas extrajudiciais, a família de Letícia Marinho Sales, morta durante operação no Complexo do Alemão, na última quinta-feira (21), ao sair de uma igreja. Os três filhos e o sobrinho da vítima estiveram nesta terça (26) na DPRJ para o primeiro atendimento. Depois, foram recebidos pelo defensor público-geral Rodrigo Pacheco e pela subdefensora pública-geral institucional Paloma Lamego. 

Jenifer, Marcos e Jéssica, filhos de Letícia, e Neilson, sobrinho, foram atendidos por Guilherme Pimentel e André Castro, ouvidor e defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ. Eles também passaram pela equipe de psicossocial da instituição. O trabalho contou com o acompanhamento de Mariana Rodrigues e Leonardo Guedes, procuradores da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), que atua em parceria com a Defensoria no caso. 

Depois do atendimento, os familiares foram recebidos no gabinete, onde o defensor público-geral e a subdefensora pública-geral expressaram toda solidariedade diante da perda precoce decorrente da violência estatal. 

– Manifestamos toda nossa solidariedade a vocês e reafirmamos o compromisso da instituição de acompanhá-los em todo o processo de reparação – afirmou Pacheco.

 – A gente sente muito, enquanto instituição, o que ocorreu. Sabemos também o quanto isso os atinge, dói. Prestamos nossa solidariedade. Nosso compromisso é estar ao lado de vocês, enquanto o processo durar – destacou Lamego. 

O filho de Letícia, ao se manifestar em nome da família, lembrou da mãe com carinho. Ele destacou a importância de haver justiça no caso. 

– Quero agradecer a ajuda de vocês, o apoio. Minha mãe era uma mulher incrível, que ajudou muitas pessoas. Minha mãe era inocente e uma grande mulher de Deus – ressaltou. 

Guilherme Pimentel destacou que a instituição está à disposição de toda a comunidade prejudicada com a operação no Complexo do Alemão. A Ouvidoria da DPRJ e demais entidades de Direitos Humanos estiveram no território e continuam atuando para apuração dos fatos.

– Estivemos atuando desde às 6h da manhã no dia da chacina, junto com as comissões de direitos humanos da Alerj e OAB-RJ. Fomos ao território acompanhado dos coletivos locais e, junto com a sociedade civil, temos cobrado controle efetivo das forças policiais, para que episódios como esses não se repitam – afirmou o ouvidor.



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