A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) decidiu extinguir a distribuição interna de copos de plásticos. A recomendação para quem trabalha na instituição é adotar canecas e squeezes próprios, que são menos prejudiciais ao meio ambiente. Os descartáveis continuarão a disposição apenas para visitantes e pessoas usuárias dos serviços da DPRJ. A medida entrará em vigor em 30 dias. 

Assinada pelo defensor público-geral Rodrigo Pacheco, a decisão ruma em direção às políticas propostas pelo Preserve, programa de sustentabilidade da instituição. Estimativas da Coordenação de Material da DPRJ apontam para uma diminuição de 500 mil copinhos descartados no meio ambiente. A sugestão é que defensores, defensoras, servidores, servidoras, estagiários, estagiárias, residentes jurídicos e profissionais terceirizados passem a levar seus próprios recipientes, a fim de diminuir acúmulo de lixo derivado dos descartáveis.
 
Com a decisão, os copos ficarão limitados à utilização do público externo durante os atendimentos e em eventos da instituição. Os misturadores de café de plásticos também serão substituídos por de materiais, justamente por ser menos prejudiciais ao meio ambiente. 
 
O despacho do defensor público-geral considera importante a construção de uma nova cultura institucional e a inserção de critérios socioambientais na administração pública e entende que a restrição dos descartáveis é um importante passo nesta construção. Outro ponto que impactou a decisão foi a grande quantidade de lixo gerada a partir do uso dos descartáveis e os consequentes prejuízos ambientais, tendo em vista que podem levar até 400 anos para se decompor, dificultam a decomposição de outros materiais orgânicos e ainda são responsáveis pelo agravamento da poluição marítima.
 
A DPRJ formalizou em janeiro deste ano a adesão à A3P, agenda ambiental da administração pública que tem como fundamento a política dos 5Rs: Repensar, Reduzir, Reaproveitar, Reciclar e Recusar o consumo de produtos que gerem impactos socioambientais negativos significativos. A iniciativa aborda três desses Rs, repensando, reduzindo e recusando o plástico.  
 
– O copo descartável é o material com menor índice de reciclagem e a maior causa disso é o baixo custo de mercado. As empresas e cooperativas de reciclagem pagam em torno de R$ 0,20 pelo kg do copo, o que acaba gerando desinteresse por parte dos catadores. Além disso, o consumo de água para a produção de copos descartáveis é cerca de 10 vezes maior que o consumo de água para lavagem e reutilização de um copo durável, por isso este consumo vem sendo amplamente discutido e revisto tanto na esfera pública como na privada – pontuou a coordenadora de sustentabilidade ambiental da Defensoria, Camilla Valls.



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