“Defensoras e Defensores do Diálogo” é o nome do novo projeto da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), que busca fomentar a cultura da paz nas comunidades fluminenses. Por meio de cursos voltados para moradores e lideranças locais, o objetivo é apresentar meios possíveis de resolução de conflitos baseados no diálogo e ampliar o acesso à justiça para territórios mais vulneráveis.
 
A Defensoria espera, com esse projeto, produzir efeito preventivo e pedagógico, restabelecendo, melhorando e preservando a convivência, o diálogo e as relações interpessoais. O impacto social deve ser a disseminação da cultura da paz, o fortalecimento da autonomia da vontade, com consequente empoderamento da população vulnerável, e a redução da litigiosidade e a pacificação social. 
 
Os cursos serão coordenados e organizados pela Coordenação de Mediação e Práticas Extrajudiciais da Defensoria Pública (Comepe)  e terão um total de dez aulas, com duas horas de duração cada, que serão ministrados às segundas-feiras, de 18h30 às 20h30, pelo Zoom, com a participação de facilitadores integrantes da Defensoria e também convidados externos. Cada turma terá no máximo 50 alunos e a primeira turma será composta por moradores e líderes comunitários de comunidades que participam do projeto Defensoria em Ação nas Favelas. Os encontros girarão em torno de temáticas como convivência, diálogo, conflito, cultura de paz e meios extrajudiciais de solução de conflitos.
 
A expectativa é que as aulas comecem em junho e a primeira aula deve ser transmitida pelo canal da Defensoria no Youtube. Para os alunos que tiverem frequência maior que 70% dos encontros, haverá a emissão de certificado.  
 
- O conflito é inerente às relações humanas e a ênfase ao diálogo e à autonomia da vontade das partes, por meio da educação em direitos, podem promover a construção de uma comunidade participativa em que haja exercício da cidadania onde os envolvidos decidem e constroem a solução para o conflito em conjunto - disse a defensora Christiane Serra, coordenadora da Comepe. - A Defensoria acredita que a disseminação da cultura do diálogo é imprescindível, especialmente nas comunidades vulneráveis, que convivem em territórios de pouco acesso aos direitos e garantias fundamentais. Com o projeto “Defensoras e Defensores do Diálogo” e a educação em direitos para moradores e lideranças comunitárias, será possível difundir o diálogo como forma de resolver conflitos dentro desses territórios, produzindo efeitos positivos para a convivência entre os membros das comunidades - completou.



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