Crianças voltaram às aulas presenciais/ Crédito da foto: Pixabay

 

A Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Rio lançou, nesta terça-feira (2), um canal de fiscalização cidadã para receber informações sobre descumprimento de medidas sanitárias nas escolas públicas e particulares do Estado do Rio. Em menos de 24 horas, foram recebidas 74 denúncias referentes a colégios situados em 12 municípios diferentes (Angra dos Reis, Araruama, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Maricá, Paraty, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Seropédica e Teresópolis).

Por meio do link https://bit.ly/EscolaNaPandemia, pais, alunos e professores podem enviar as informações - se identificando ou não. O objetivo é fornecer informações à sociedade, às coordenadorias de infância e de saúde da Defensoria e aos órgãos competentes sobre possíveis irregularidades, que colocam em risco a saúde de toda a comunidade escolar. A Ouvidoria também preparou um relatório a partir de escutas realizadas nas últimas semanas. Trata-se de uma lista de questões relevantes que foram identificadas e que podem ser levadas em consideração na aplicação de políticas públicas de educação e saúde. 

As escutas apontam aparente insuficiência da estrutura e dos protocolos sanitários existentes das escolas como, por exemplo: falta de distribuição de garrafas de água ou adaptação dos bebedouros para terem torneiras; professores que dão aula em escolas diferentes; não fornecimento de máscaras e álcool 70 para todos os alunos; ausência de medição de temperatura de todas as pessoas que entrarem na escola; falta de faxinas diárias nas unidades.

- Percebemos que a reabertura das escolas levantou muitos medos e preocupações na comunidade escolar. Por isso, decidimos focar nosso trabalho na escuta de estudantes, profissionais da educação e seus familiares. O canal de fiscalização é uma aposta na cidadania como forma de cuidado. Queremos reforçar a importância do cuidado e da participação nas políticas públicas, principalmente neste momento de pandemia - disse o ouvidor-geral da Defensoria Pública do Rio, Guilherme Pimentel.



VOLTAR