Cerca de 50 pessoas se reuniram na manhã desta terça-feira, 29, em frente a Sede da Defensoria Pública para repudiar as declarações racistas direcionadas ao Defensor Público Geral, Nilson Bruno, na última semana. Com cartazes de apoio como “Eu quero paz”, “Eu quero dizer não ao racismo”, “Eu quero respeito”, representantes da Educafro, Grupo Palco Mil Sonhos, moradores e ex-moradores da Vila Autódromo, além de moradores da Vila Indiana participaram do ato.

“Estamos aqui para defender o Nilson Bruno. Somos todos uma raça só. Ele como negro deu dignidade a muito branco. Ele não pode ser discriminado”, disse o ex-morador da Vila Autódromo Reginaldo Rodrigues.

Leônidas Lopes, do Grupo Palco Mil Sonhos, afirmou que a Defensoria está ao lado daqueles que precisam. “Ele foi chamado de macaco. De negro sujo. Isso porque ele é o primeiro Defensor Geral negro do Estado do Rio e está incomodando essa elite hipócrita”, declarou.

Após saber da manifestação, Nilson Bruno foi até a entrada do prédio, onde foi recebido com palmas e gestos carinhosos pelos manifestantes. Na ocasião, o membro da Educafro Melquisedeque Ramos leu uma carta de apoio ao Defensor Geral redigida pelo presidente da Educafro, Frei David.

O Defensor Geral também recebeu flores, além de 49 cartas redigidas de próprio punho por ex-moradores da Vila Autódromo. Na ocasião, Alessandra Oliveira, que ainda mora na Vila Autódromo, leu uma delas. Nilson Bruno agradeceu a solidariedade de todos e afirmou que vai continuar lutando pelos interesses dos assistidos. Logo depois o grupo seguiu rumo a Cinelândia, onde moradores da Vila Indiana se uniram aos demais.


VOLTAR