A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro promoveu, nesta quarta-feira, 5, no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), no Centro do Rio, a primeira reunião com os pais de Alan de Souza Lima, 15 anos, vítima fatal na ação policial no dia 20 de fevereiro na Favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel. No encontro, ficou acertado que a Instituição vai assistir a família em todas as áreas: criminal cível e administrativa.

O coordenador do Nudedh, defensor público Fábio Amado, explicou para Francisco de Assis e Irene Lima, que vai propor um acordo extrajudicial para reparação dos danos materiais e morais em decorrência de morte ocorrida na operação policial. “Diante das circunstâncias, observo uma predisposição do Estado a arcar com a responsabilidade patrimonial pelo gravíssimo homicídio”, observa o coordenador.

O defensor público Fábio Amado destaca que a indenização não vai ressarcir os danos causados, e nem repara as consequências drásticas do crime, mas ajudam nesse momento a diminuir os impactos materiais. “Alan Souza era um excelente filho, estudante e também contribuía financeiramente na vida familiar”, destaca.

Defensores públicos do Nudedh vão acompanhar as investigações policiais e sindicância administrativa no âmbito da corregedoria da PM para que os policiais militares envolvidos recebam punição exemplar. Caso seja comprovada a responsabilidade, vai ser pedida a expulsão da corporação. Após oferecimento da denúncia, irão se habilitar como assistentes de acusação e estarão presentes na sessão de julgamento pelo júri popular.



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