Representantes da Defensoria Pública se reuniram na tarde desta segunda-feira (24) com o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social do Município do Rio de Janeiro, Adílson Pires, na sede da Prefeitura para pedir informações sobre a operação que resultou no encaminhamento de adolescentes para o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciaca) no fim de semana. Mais de 150 adolescentes foram impedidos de ir à praia após os ônibus em que estavam serem abordados em blitz da Polícia Militar, em Botafogo.

Também foram encaminhados ofícios à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) para apurar a apreensão de adolescentes sem cometimento de ato infracional ou ordem judicial, bem como ao comando da Polícia Militar, para que o nome do responsável pela blitz seja informado. Além disso, foi solicitada informação à direção da Central Carioca, para onde os adolescentes foram conduzidos, no ônibus da PM, após deixarem o Ciaca, localizado no mesmo prédio onde funciona o Conselho Tutelar da Zona Sul.

De acordo com a titular da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica) da Defensoria, Eufrásia Maria Souza das Virgens, as informações solicitadas hoje serão juntadas ao pedido de Habeas Corpus preventivo em favor de adolescentes para evitar que sejam abordados salvo na hipótese de ato infracional. A solicitação encontra-se na Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

“Queremos obter o máximo de informações e fundamentar nossa alegação. Eles não estavam cometendo ato infracional. Queremos saber quem determinou a blitz e a abordagem”, disse a defensora pública, que afirmou esperar resposta da Prefeitura ainda nesta semana.

Também participaram da reunião com o vice-prefeito a defensora pública Daniela Calandra, da Cdedica, e o subsecretário de proteção Especial do município, Rodrigo Abel.

Texto: Fernanda Pizzotti



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