Um time de craques abriu a segunda rodada de palestras do projeto "Defensoria e Fluminense: jogando juntos pela cidadania" na noite desta segunda-feira (5), no salão nobre do clube, nas Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. O bate-bola entre convidados e 50 atletas das categorias de base sub-17 e sub-20 aconteceu no estilo amistoso: com os profissionais e os futuros jogadores trocando conhecimentos sobre trânsito e solidariedade, os temas da vez.

Com o objetivo de despertar ainda mais o nobre sentimento nos jovens, o diretor do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur), José Augusto Garcia de Sousa, não só fez o uso da palavra como também o do telão. Representando a Defensoria Pública do Rio, ele deu exemplos práticos de solidariedade a partir da escalação de uma seleção de vídeos educativos exibidos na reunião. Entre as imagens - todas marcantes - estavam a do atleta Derek Redmond amparado pelo pai ao final de uma prova olímpica em que sofreu grave lesão muscular. E a do jogador Thiago Silva agasalhando um menino com frio na Europa. 

Ao final de sua exposição, Garcia indagou à plateia se a solidariedade traz vantagens. Um dos jovens respondeu: "Tornar-se uma pessoa melhor". E Garcia ratificou:

- O ganho é esse realmente. Não devemos praticar solidariedade por uma questão de marketing, mas sim para construir um mundo melhor para todos. Vivemos em uma comunidade - exclamou Garcia.

A exposição do diretor do Cejur foi precedida pela palestra sobre trânsito proferida pela representante do Detran, Enza Taddei. Com direito a voluntários para soprar o bafômetro, a apresentação abordou pontos como a importância do respeito ao pedestre, as normas de circulação nas ciclovias e a imprudência ao volante.

- Imprudência é quando você sabe que algo está errado e, mesmo assim, o faz. Por exemplo: alguém não tem carteira de habilitação e pega a do pai escondido para dirigir - advertiu.

Ao final, o coordenador pedagógico da base do Fluminense, Ivan Proença, destacou a relevância dos temas para os jovens, com idades entre 16 e 20 anos. Muitos, inclusive, já estão com a carteira de habilitação, além do volante, em mãos.

- Os dois temas interagem e, a partir das palestras, os atletas poderão associá-los. Você precisa de responsabilidade para com o outro ao dirigir e isso nos remete à questão da solidariedade, que é, exatamente, fazer o bem sem preocupar-se com uma troca. E isso, para um jogador jovem e que vive num meio competitivo, é fundamental para a formação da cidadania - destacou.

Entre os presentes no encontro estava o diretor presidente da Fundação Escola da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (Fesudeperj), defensor público Pedro Paulo Lourival Carriello.

Texto e foto: Bruno Cunha



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