Participantes do encontro inicial de governança em inteligência artificial das Defensorias Públicas

 

A Defensoria Pública sediou, na última segunda-feira (25), o encontro inicial do plano de governança de inteligência artificial nas Defensorias Públicas brasileiras. O evento teve como objetivo reunir os responsáveis pela área de T.I. e especialistas para determinar como poderão trabalhar no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial nas Defensorias. Nesta primeira reunião, foram mapeadas as soluções individualmente desenvolvidas por cada Defensoria Pública presente no evento, bem como as demandas de cada instituição para, posteriormente, desenvolver soluções de inteligência artificial que atendam às necessidades comuns entre as Defensorias Públicas do país.

— O plano de governança é importante porque cada Defensoria está criando o seu caminho tecnológico, mas muitas das nossas demandas são similares. Através do ITS, junto com a Universidade de Stanford, surgiu a oportunidade de elaborar e desenvolver esse plano de governança para uma inteligência artificial conjunta —  explica Alexandre Romo, secretário de Governança Digital e Inovação da DPRJ.

Participaram do encontro representantes de 13 Defensorias Públicas estaduais, além de pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e alunos do programa de Mestrado e Doutorado em Política Internacional da Universidade de Stanford, que mediaram as ideias levantadas durante o evento. Na mesa de abertura, estiveram presentes Cintia Guedes, subdefensora pública-geral institucional; Alexandre Romo, secretário de Governança Digital e Inovação da DPRJ; Christian Perrone e Pedro Braga, representantes do ITS; Thay Graciano, representante da Universidade de Stanford e Geraldo Xexéo, professor da COPPE UFRJ. O evento contou, ainda, com a participação do defensor público-geral do Maranhão, Gabriel Furtado.

— Esse evento é muito necessário. Viemos de um tempo em que as Defensorias precisavam de sistemas e cada uma foi desenvolvendo o seu. Isso é bacana, mas, ao mesmo tempo, podemos ir muito mais rápido e longe se unirmos esforços desenvolvendo uma IA que atenda aos nossos pontos em comum —  reflete Cintia Guedes, subdefensora pública-geral institucional.

Algumas das demandas apontadas pelos representantes das Defensorias durante o evento foram a transcrição de audiências, a automatização de grandes bancos de dados, a criação de interfaces para que os usuários do serviço prestado pelas Defensorias Públicas tenham acesso às informações dos processos, ferramentas para a rotina de trabalho dos defensores públicos e a manutenção da privacidade das pessoas usuárias à medida em que recursos de inteligência artificial são desenvolvidos.

Para a subdefensora pública-geral institucional, a inteligência artificial possibilita que os recursos humanos das Defensorias Públicas tenham um direcionamento assertivo:

— Queremos automatizar tarefas para que os defensores possam atuar onde sua presença é essencial: no desenvolvimento de teses, pensamento jurídico, atendimento das partes e no desenvolvimento de políticas públicas — ressalta Cintia Guedes.

— Esse evento é o primeiro passo para que possamos trabalhar de forma colaborativa, considerando a realidade de cada instituição participante —disse Alexandre Romo.

Terminado o evento, os participantes darão continuidade ao projeto por meio de entrevistas individuais e pretendem realizar mais um encontro, presencial ou remoto. 
Compareceram ao evento representantes das Defensorias do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Tocantins, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, além do Rio de Janeiro.

A previsão de entrega do plano de governança é o final do primeiro semestre de 2024. 

Veja as fotos do evento aqui 

 



VOLTAR