Reunião com familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes e integrantes do Ministério Público e Polícia Federal foi realizada nesta segunda (24)


Representantes da Defensoria Pública do Rio e familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes se reuniram na tarde desta segunda-feira (24) com integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Federal. O objetivo do encontro foi atualizar as informações sobre as investigações do crime, principalmente depois da prisão de Maxwell Simões Corrêa, suspeito de envolvimento com o crime.

Para a Defensoria, que representa as famílias das vítimas, as novas informações constituem um passo importante nas investigações, com a confissão de um dos acusados e a confirmação da participação efetiva dos denunciados, fornecendo maiores detalhes da execução. Os desdobramentos do caso também abrem a possibilidade para que outras linhas de investigação permitam aprofundar a apuração dos mandantes desse crime.


De acordo com o defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da DPRJ (Nudedh), Fábio Amado, que está à frente do caso, a reunião também foi crucial para reforçar a importância de garantir o acesso dos familiares à investigação, algo já autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em abril deste ano.


— O caso precisa dessa articulação direta entre Ministério Público, Polícia Federal,  Defensoria e familiares, que têm muito a agregar em todas as partes da investigação. Essa aproximação também permite um olhar mais humano, empático e sensível às vítimas nos procedimentos criminais — ressaltou. 


Durante a reunião, a mãe de Marielle, Marinete da Silva, agradeceu aos investigadores pelo avanço nos trabalhos e disse que os últimos acontecimentos deram esperança para a família, que aguarda pela definição de quem foi o mandante do crime.


— Vamos continuar lutando e agradecendo toda a equipe que tem se empenhado ao máximo para condenar e chegar aos culpados pelo assassinato de Marielle e Anderson. Estamos nas vésperas do aniversário dela, dia 27 de julho, e a gente vai continuar na luta! — resume dona Marinete.


Marielle e Anderson foram executados em março de 2018, no Rio de Janeiro, e a investigação ainda não foi concluída. Desde fevereiro deste ano, o caso é investigado pela Polícia Federal e vem sendo acompanhado pela Defensoria do Rio, que atende as famílias. 


Texto: Jéssica Leal



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