O Curso de Formação de Defensoras e Defensores Públicos do XXVI Concurso da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) contou com uma intensa programação na penúltima semana da primeira fase de suas atividades. Os novos defensores puderam conhecer a dinâmica de hospitais públicos e presídios do estado, além do núcleo de atendimento à mulher em situação de violência de gênero da Prefeitura do Rio. Para a Chefe de Gabinete da DPRJ, Carolina Anastácio, a iniciativa é uma forma de ambientar o novo defensor público no cotidiano das diversas áreas de atuação da Defensoria.

— Eles possuem um conhecimento jurídico sólido, afinal passaram por um concurso muito disputado. O objetivo do curso é justamente aproximar o novo defensor e a nova defensora do cotidiano da Defensoria e dos temas que compõem nossa atuação — afirma.

Além de apresentar a atuação da Defensoria Pública, o curso tem também o objetivo de promover o debate sobre temas relacionados aos direitos humanos e a realidade da população em situação de vulnerabilidade. A defensora pública Lis Brilhante, uma das aprovadas no último concurso, acredita que o curso cumpre um papel importante para a fase inicial da carreira como defensora.

— O curso é muito importante para que possamos conhecer o funcionamento da Defensoria na prática. É uma forma de atrelar todo conhecimento que adquirimos ao longo da preparação para o concurso com a realidade da Defensoria Pública e a atuação dos defensores e defensoras do Rio de Janeiro — afirma a defensora.

No início desta semana, os novos defensores públicos participaram de palestras e visitas a hospitais e presídios da região metropolitana do estado. Divididos em grupos, os defensores foram até o Hospital Alberto Torres, localizado no município de São Gonçalo, e aos presídios Oscar Stevenson, em Benfica, e Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, ambos na zona norte do Rio. O defensor público Luís Henrique Linhares, também aprovado no último concurso, acredita que as visitas foram importantes para conhecer a dinâmica das instituições e ressalta que a visita ao Hospital Alberto Torres foi bastante animadora.

— Diferente da maioria das instituições de saúde do estado, o Hospital Alberto Torres pareceu funcionar muito bem e oferecer uma ótima assistência de saúde à população. Experiências como essa são importantes, porque provam que, a partir do diálogo entre o Estado e a Sociedade Civil, é possível prestar um serviço público de qualidade — ressalta .

Além disso, na quarta-feira (18), os novos defensores estiveram no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) Chiquinha Gonzaga, na Praça Onze, região central da cidade. Acompanhados pela Subcoordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ, Matilde Alonso, os defensores puderam conhecer um pouco da rotina de atendimento do CEAM e da atuação multidisciplinar no acolhimento de mulheres em situação de violência de gênero. — É fundamental que os novos Defensores e Defensoras Públicas conheçam esses serviços e reconheçam a importância da atuação integrada da rede de enfrentamento para o efetivo combate à violência doméstica - ressalta Matilde Alonso. Além das visitas, os defensores participam de outras atividades como debates, conversas nas sede da DPRJ e palestras. O curso de formação é elaborado pela Coordenação de Programas Institucionais (COGPI) e pelo Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) e a cerimônia de encerramento da primeira fase do curso está prevista para o final deste mês e irá acontecer no Complexo de Favelas da Maré.



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