Alunos do projeto Acelerando a Escolaridade no Cais do Valongo
Alunos do projeto Acelerando a Escolaridade no Cais do Valongo

 

Na última quarta-feira, o projeto Acelerando a Escolaridade, que oferece aulas de alfabetização e de disciplinas do ciclo básico para pessoas em situação de rua, mais uma vez levou os alunos para conhecer importantes instituições culturais da cidade. Dessa vez, o destino escolhido foi o circuito histórico da região conhecida como “Pequena África”, na zona portuária do Rio de Janeiro. A visita guiada, promovida pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na Gamboa, é conhecida como "Circuito de Herança Africana" e tem o propósito de divulgar a história da população negra que passou por essa parte da cidade.

Os alunos foram acompanhados pelo professor de Geografia Fernando Vieira da Silva e pela professora de História Maria Helena Castro, ambos voluntários no projeto realizado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro. O passeio-aula percorreu 15 pontos históricos da região como o Armazém Docas Dom Pedro II, a Pedra do Sal, o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos. O professor ressalta a importância de atividades que vão para além da sala de aula. Para ele, iniciativas dessa natureza ajudam a transformar a percepção dos alunos sobre o espaço urbano.

A iniciativa, além de tornar mais dinâmico o processo de ensino-aprendizagem, traz também novas expectativas profissionais para os alunos. O estudante Luciano Costa, de 43 anos, manifestou o desejo de trabalhar como guia turístico.  

— Não conhecia a história dessa região, mas quero me dedicar e conhecer melhor as histórias da cidade - afirma Fernando.


A defensora aposentada Elaine Farias, colaboradora do projeto na área cultural, acredita que aulas neste formato auxiliam os alunos a se conscientizarem sobre a história da cidade e estimula a busca por aprendizado, a reinserção no mercado de trabalho e, consequentemente, a melhoria das condições de vida dos alunos que estão em situação de rua.

A aula a céu aberto contou com a participação de aproximadamente 15 alunos e integra as atividades do projeto que já levou os alunos a outras instituições culturais da cidade como o Museu Histórico Nacional, o Planetário da Gávea e o Museu de Arte do Rio.



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