Mestre em Psicologia Social, Maria Teresa Coutinho
fala sobre Síndrome de Burnout na Semana do(a) Servidor(a)

 

A palestra que aconteceu na manhã desta quinta-feira (26), no segundo dia da Semana do Servidor e da Servidora, na sede administrativa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, abordou um tema que pode ser muito sentido pelos servidores públicos, principalmente aqueles que atendem pessoas. Muito sentido, mas pouco conhecido _ ou reconhecido_ como um distúrbio da saúde do trabalhador: a Síndrome de Burnout e o sofrimento no trabalho. O assunto foi apresentado pela professora Maria Teresa Correia Coutinho, doutora em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ e mestre em Psicologia Social e Personalidade pela UFRJ, que foi convidada para falar aos servidores.

 A Síndrome de Burnout, explica Maria Teresa, é um esgotamento mental que causa um estresse prolongado. "Tem como sintomas irritação, insônia, agressividade, perda de memória, dificuldade de concentração e de raciocínio. Esse estresse que pode estar relacionado ao trabalho  acarreta problemas sociais na vida como um todo. As profissões que lidam com gente são as que mais possuem casos de Burnout', diz.

Definida como uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, a Síndrome de Burnout se caracteriza pela exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos. Cansaço, mal estar geral, falta de realização pessoal, tendência de avaliar o próprio trabalho de forma negativa, baixa estima e sentimento de vazio também fazem parte do quadro clínico dessa síndrome.

Além das funções que lidam com o público, o advento das novas tecnologias de informação também é apontado como fator desencadeante de estresse. O uso contínuo de telefones celulares tipo smartphones, por exemplo, rompem o espaço/tempo do trabalho. Nestes novos tempos, a atividade laboral _ mais cognitiva que braçal _ transborda para além dos limites físicos das instituições e invade a vida particular das pessoas.  Isso pode aumentar a exaustão. 

Segundo Maria Teresa Coutinho, o desafio das instituições para minimizar o sofrimento no trabalho e o estresse profissional é criar um ambiente de convivência  favorável abrindo espaço para o diálogo e para a melhoraria na qualidade das relações interpessoais. E para prevenir o estresse e o sofrimento, recomenda  aos servidores e às  servidoras uma boa administração do horário de trabalho, tempo para o lazer e que assumam igualmente a responsabilidade pela na busca de uma melhor relação com os colegas no ambiente das instituições. Aqueles que já sofrem a exaustão ou o estresse crônico devem procurar um tratamento médico especializado. No mais: respire fundo. Porque exercícios de respiração fundamentais são fundamentais para baixar a ansiedade.



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