Moradores do Complexo do Alemão reunidos com o NUTH na Vila Olímpica

 

Cerca de 100 moradores do Complexo do Alemão se reuniram na Vila Olímpica da comunidade no último sábado do mês de janeiro. O objetivo não era participar de alguma atividade esportiva, mas obter informações sobre o andamento dos processos que visam a assegurar-lhes o direito à moradia. O encontro foi acordado com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) e faz parte de uma iniciativa para orientar, discutir a atuação e até mesmo prestar contas aos assistidos do Núcleo de Terra e Habitação (Nuth) da instituição. 

A defensora pública Maria Júlia Miranda, coordenadora do Nuth, explica que as reuniões são promovidas nas comunidades, muitas vezes à noite ou aos finais de semana. Em janeiro e fevereiro deste ano, além dos atendimentos no Núcleo e das visitas às comunidades durante o dia, os encontros aconteceram à noite e no sábado em quatro favelas: Babilônia (quinta 26/1), Indiana (sexta-feira 27/1), Complexo do Alemão (sábado 28/1) e Pau da Fome em Jacarepaguá (sábado 18/2). 

– A participação é grande. No Alemão, havia cerca de 100 pessoas. A forma mais eficiente dos defensores do Núcleo prestar as informações, discutir as estratégias de atuação e aprofundar o conhecimento sobre a realidade que trabalha é ir à comunidade.  Para aglutinarmos o maior número de pessoas possível, as reuniões acabam acontecendo à noite ou aos sábados. Os encontros  acontecem nas associações de moradores, igrejas, quadra de escola de samba... enfim, nos espaços que nos oferecem – ressaltou a defensora. 

Maria Julia conta que a agenda de visitas de março já foi definida. As próximas comunidades a receberem a visita dos defensores serão Novo Palmares e Indiana, no sábado dia 11; Jacarezinho, na segunda-feira dia 13; e Serra Alta, no sábado dia 18. 

O Nuth atua para garantir o direito de permanência das comunidades consolidadas, tentando garantir o princípio da não remoção que deveria pautar a política habitacional, bem como para concretizar o direito à regularização fundiária e urbanística. A compreensão acerca de ter a população trabalhadora e pobre direito à defesa de seu território e à cidade é fundamental para a atuação correta no órgão.  



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